Um novo padrão de certificação para o mercado voluntário e duas novas metodologias de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) deverão ajudar a aumentar as possibilidades para projetos florestais no mercado de carbono.Um rascunho do padrão de certificação específico para projetos de florestamento e reflorestamento (A/R) foi liberado recentemente para o mercado voluntário de carbono, enquanto duas novas metodologias para projetos também nessa área foram aprovadas este mês pelo Mecanismo de Desenvolvimento Limpo do Protocolo de Kyoto.A CarbonFix, uma fundação alemã sem fins lucrativos financiada por ONGs, trabalha para desenvolver um padrão seguro de certificação para assegurar a sustentabilidade de projetos de A/R voltado para empresários que buscam gerar Reduções Verificadas de Emissões (VERs) – os créditos de carbono comercializados no mercado voluntário.O novo padrão pretende reduzir as incertezas presentes no gerenciamento desses projetos. Apesar de já representar 30% do mercado voluntário de carbono, os projetos florestais ainda são vistos com certa desconfiança pela dificuldade de se de se garantir a permanência das árvores plantadas durante a quantidade de anos necessária para se compensar as emissões estipuladas.O último ano foi marcado por flutuações no mercado voluntário. Com o surgimento de vários padrões diferentes para o setor florestal, aumentaram as preocupações com a falta de transparência e de integridade ambiental dos projetos. O novo padrão promete realizar com exatidão esse monitoramento, assim como desenvolver métodos precisos para se calcular os créditos de carbono provenientes de cada floresta.Problemas semelhantes foram enfrentados pelo segmento florestal do MDL no mercado de compensação de Kyoto. A situação foi amenizada este mês com a aprovação de duas novas metodologias para A/R pelo Comitê Executivo da ONU (AR-AM0009 e AR-AM0010) – o que já elevou para dez o número de metodologias de MDL na área.Especificamente, foi dado sinal verde para projetos de florestamento e reflorestamento em terras degradas; permitindo atividades de pastoreio, com o cultivo de plantas e animais no mesmo espaço. Essa proposta da Colômbia deverá gerar cerca de 1,3 milhões de créditos de carbono nos 40 anos de execução do projeto, em San Nicola.A outra metodologia, que é brasileira, permite projetos em Áreas de Preservação Permanente (APP) e cobre “áreas de pradaria sem manejo localizadas em locais de reserva ou proteção ambiental que provavelmente não serão convertidas para nenhum outro uso”. Desenvolvido pela AES Tietê, esse projeto prevê a geração de cerca de 3 milhões de créditos de carbono até 2030. (CarbonoBrasil)
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