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No final da tarde desta segunda feira, 19 procuradores do Estado, com cargos de chefia, que atuam em Porto Alegre, pediram a exoneração de suas funções na instituição. A decisão foi acompanhada por pelo menos 10 procuradores que atuam no interior do Estado. Ao todo, o Rio Grande do Sul tem 40 procuradores em cargos de chefia. Como são cerca de 150 procuradores do Estado na ativa, incluindo Interior e Capital, dá para perceber que um terço deles é cacique. Falta índio para o trabalho. Aliás, trabalho na Procuradoria Geral do Estado quem faz, mesmo, são os estagiários e os assessores jurídicos. Perguntinha que faz sentido: aqueles procuradores que são autorizados a ficar em casa, chamados de “consultores”, e que fazem alguns pareceres pela Internet, renunciaram à sua condição? E aqueles procuradores que estão cedidos em outros órgãos, como nas Secretarias da Fazenda e da Administração, renunciaram às cedências e pediram para voltar à origem? O certo é o seguinte: o Rio Grande do Sul não vai perder com esta espécie de greve dos procuradores do Estado. Afinal, supostamente trabalhando, eles conseguiram a proeza de perder um prazo de cinco anos, em processo no qual o Estado deixou de arrecadar 150 milhões de reais. Não é mesmo uma maravilha?!!! Todos deveriam sofrer descontos nos seus salários, durante anos, até que fossem recuperados os 150 milhões que deixaram de cobrar judicialmente da Incobrasa.