A Polícia Federal indiciou 39 pessoas no inquérito da Operação Rodin, que apurou fraudes no Detran RS que resultaram no desvios de mais de R$ 43 milhões. Os indiciados são os seguintes: Alfredo Pinto Telles - Cunhado de Lair Ferst, sócio da Newmark Tecnologia; Antônio Dorneu Cardoso Maciel – diretor administrativo da CEEE quando foi preso, e tesoureiro geral do PP (seu flat, na Avenida Independência, em Porto Alegre, servia de local para distribuição da propina); Carlos Dahlem da Rosa - dono do escritório Carlos Rosa Advogados Associados, que prestava serviço de consultoria ao projeto e recebeu, entre 2002 e 2006, a quantia de R$ 4.146.626,67 da Fatec; funcionário da CEEE (onde nunca aparecia, recebia salários há oito meses sem comparecer na companhia, quando foi preso; é figura ligada ao deputado federal José Otávio Germano, do PP, e tem um irmão do deputado como sócio no seu escritório); Carlos Ubiratan dos Santos - diretor-presidente do Detran entre 2003 e 2006, quando fez o convênio com a Fatec; foi indicado para o cargo pelo deputado federal José Otávio Germano (PP); Damiana Machado de Almeida – é sócia da Pakt, empresa “sistemista” do contrato de “mentirinha” do Detran com as fundações Fatec e Fundae; Dario Trevisan de Almeida - professor da UFSM e coordenador da Fatec, “responsável” pela prestação de serviços ao Detran; Denise Nachtigall Luz – mulher de Ferdinando Fernandes (filho do “bruxo”, a cabeça-pensante de todo o golpe, José Fernandes, sócio principal da Pensant), sócia do escritório Nachtigall Advogados Associados, subcontratado pela Fatec; Eduardo Redlich João – “laranja” de Lair Ferst; Elci Terezinha Ferst - irmã de Lair Ferst e sócia da Newmark Tecnologia da Informação, Logística Marketing; Ferdinando Francisco Fernandes - sócio da Pensant; Fernando Fernandes - filho do “bruxo” José Fernandes; Fernando Osvaldo de Oliveira Junior - sócio da Pakt, empresa “sistemista”; Flávio Roberto Luiz Vaz Netto – procurador de Estado RO Rio Grande do Sul, era diretor-presidente do Detran quando a Operação Rodin foi deflagrada; preso pela Polícia Federal e exonerado do cargo; na sua gestão o Detran RS trocou a Fatec pela Fundae, sem licitação, com um parecer favorável obtido no tempo absolutamente recorde de oito horas que a Procuradoria Geral do Estado considerou necessário para examinar assunto tão relevante (mas, afinal, o que é o roubo de 43 milhões para uma Procuradoria Geral de Estado que perde prazo em processo e promove uma perda de mais de 50 milhões de reais para o Tesouro do Estado?!!!); Flávio Vaz Netto também é “afilhado” do deputado federal José Otávio Germano, o verdadeiro “imperador” do Detran, que o indicou para o cargo; Francene Fernandes Cardoso - filha de José Fernandes, dono da Pensant; Francisco José de Oliveira Fraga – secretário de governo da administração municipal de Canoas, outra cidade na qual a Pensant atuava intensamente; Gilson Araújo de Araújo – funcionário do Detran, dono de empresa que era “remunerada” pela Pensant do “bruxo” José Fernandes; Hélvio Debus de Oliveira Souza - contador, prestava serviço para a Fundae; Hermínio Gomes Junior - diretor do técnico do Detran, afastado no dia em que foi deflagrada a Operação Rodin; antes disso, diretor-financeiro do Detran, no governo passado; em ambos os governos, indicado para o cargo pelo deputado estadual Luiz Fernando Zachia (PMDB), ex-presidente da Assembléia Legislativa e ex-chefe da Casa Civil, atual secretário de Desenvolvimento e Assuntos Internacionais do Rio Grande do Sul; Ipojucan Seffrin Custódio - dono de empresa “sistemista” ligada à Pensant; José Antônio Fernandes – dono da Pensant Consultores, apontado como o cabeça da fraude milionária, grande pensador e orientador do secretário chefe da Casa Civil do Palácio Piratini, Cezar Busatto, que disse a respeito deles: “.... (você tem) competência, sabedoria, compromisso público”; Lair Antônio Ferst – lobista, ex-coordenadora da bancada do PSDB na Assembléia; Lenir Beatriz da Luz Fernandes - mulher do “bruxo” José Fernandes; Luciana Balconi Carneiro - funcionária da Fatec, sócia da Pakt, subcontratada pela Fundae para prestar serviços ao Detran; Luiz Carlos de Pellegrini - dirigia a Fatec quando a Operação Rodin foi deflagrada; Luiz Gonzaga Isaía – dirigia a Fundae; Luiz Paulo Rosek Germano – o “Budi”, “prestador de serviços” do escritório Carlos Rosa advogados Associados, irmão do deputado federal José Otávio Germano; Marco Aurélio da Rosa Trevizani - contador de Lair Ferst; Marilei de Fátima Brandão Leal - sócia da Pakt, empresa “sistemista”; Mario Jaime Gomes de Lima - funcionário da Pensant; Nilza Terezinha Pereira - dá nome à empresa NT Pereira, umas das “sistemistas” e que seria, de fato, de propriedade de Carlos Ubiratan dos Santos e de sua mulher, Patrícia; Patricia Jonara Bado dos Santos - mulher de Carlos Ubiratan dos Santos, era administradora da NT Pereira, empresa parceira da Newmark Tecnologia, subcontratada para prestação de serviços ao Detran; Paulo Jorge Sarkis - ex-reitor da UFSM; Pedro Luiz Saraiva Azevedo - cunhado de Hermínio Gomes Junior, dono da empresa PLS Azevedo, uma das que prestavam serviços a uma das terceirizadas contratadas pelas fundações; Ricardo Höher - filho de Rubem Höher; Ronaldo Etchechury Morales - ex-presidente da Fatec; Rosana Ferst - irmã de Lair, era sócia da Rio del Sur, subcontratada pela Fatec; Rosmari Greff Ávila Silveira – funcionária da Universidade Federal de Santa Maria; Rubem Höher - coordenador do projeto Detran junto à Fundae e sócio da Doctus, subcontratada pela Fundae para prestar serviços à autarquia; foi secretário da Fazenda da Prefeitura de Canoas (onde a Pensant atuava intensamente), na primeira gestão do prefeito Marcos Ronchetti; Silvestre Selhorst - secretário-executivo da Fatec. Os indiciados são acusados de prática dos seguintes crimes: estelionato, formação de quadrilha, peculato, corrupção passiva e tráfico de influência. O inquérito ainda será analisado pelo Ministério Público Federal, que poderá denunciar ou não os suspeitos. O procurador federal que atua atualmente no caso é o de Cachoeira do Sul, terra do deputado federal José Otávio Germano (PP). A investigação da Polícia Federal recomenda que sejam encaminhados pedidos ao Supremo Tribunal Federal, ao Superior Tribunal de Justiça e ao Tribunal Regional Federal para que sejam investigados e indiciados o deputado federal José Otávio Germano; o presidente do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul, João Luiz Vargas (ex-deputado estadual e ex-presidente da Assembléia Legislativa gaúcha, do PDT); e o auditor-substituto de conselheiro, Cesar Santolim. Conforme a Polícia Federal, desde 2003 o grupo superfaturava a realização de provas para obtenção de carteiras de motorista por meio da Fatec (Fundação de Apoio à Tecnologia e à Ciência), vinculada à UFSM (Universidade Federal de Santa Maria). A Fatec, contratada com dispensa de licitação, repassava os serviços pagos pelo Detran gaúcho para uma rede de “sistemistas”, empresas terceirizadas. Enquanto isso, a CPI do Detran, nesta segunda-feira, à tarde, deverá ouvir o depoimento de Carlos Ubiratan dos Santos (o “Bira Vermelho”). Ele conseguiu, no sábado, um habeas corpus no Supremo Tribunal Federal, para lhe garantir o direito de não responder a perguntas da CPI do Detran. Deputados estaduais deverão também apreciar o requerimento que pedirá a quebra do sigilo bancário, telefônica e fiscal da Fenaseg nos últimos dez anos. Se este requerimento for aprovado, a conseqüência, segundo autoridades do setor, representará a instalação de uma multiplicidade de CPIs estaduais no Brasil inteiro. Também nesta segunda-feira a CPI do Detran deve aprovar o requerimento que pede a obtenção de cópia integral do inquérito da Operação Rodin. Se os deputados estaduais não correrem, correm o risco de o conteúdo ser liberado pela Justiça Federal, ou por outras fontes, e aí não faltará ventilador para espalhar toda a nojeira que foi apurada.
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