A corregedora nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon, alertou os presidentes dos tribunais de Justiça brasileiros para três questões que, segundo ela, são a porta de entrada dos desmandos no Judiciário: os precatórios, a distribuição dos processos e a realização de obras. “Peço atenção dos presidentes aos precatórios e à distribuição (de processos), bem como à realização de obras, que são as portas por onde entram os desmandos nos tribunais”, afirmou, durante a solenidade de abertura do 87º Encontro do Colégio Permanente de Presidentes de Tribunais de Justiça do Brasil, realizada em Salvador na noite da última quinta-feira (12). A ministra reafirmou a vocação do CNJ e da Corregedoria Nacional como parceiros dos tribunais. “Estamos oferecendo uma parceria institucional com os tribunais para juntos fazermos um Brasil melhor”, disse. Eliana Calmon reforçou que, hoje, a tarefa do CNJ como órgão de sanção é bem menor do que sua missão de apoiar e fazer com que os tribunais superem suas dificuldades funcionais. “Os projetos da Corregedoria são para auxiliar os presidentes a atingirem as metas estabelecidas pelo CNJ”, afirmou.
Em seu discurso, a ministra também conclamou os dirigentes do Judiciário a não se intimidarem diante da imprensa e assinalou que é preciso calá-la apresentando resultados positivos. “A imprensa, que tanto pode nos criticar ou mesmo nos difamar, é nossa aliada para que a sociedade e nossos jurisdicionados tomem conhecimento dos resultados do nosso trabalho”, ressaltou. “Não se intimidem. Precisamos mostrar à Nação que temos um trabalho de qualidade”, acrescentou.
Fonte: Assessoria de Comunicação Social do TJAP, com informações da Agência CNJ de Notícias