O depoimento do advogado da jornalista Mônica Veloso, Pedro Calmon Filho, ao Conselho de Ética do Senado Federal, complicou de vez a situação do senador Renan Calheiros (PMDB-AL). Ao afirmar que o senador Renan Calheiros pagava "por fora" R$ 9.000,00 mensais à jornalista como complemento à pensão oficial de R$ 3.000,00 o advogado levantou a suspeita de que Renan Calheiros não declarou os valores adicionais ao Fisco. "Uma certa provocação dos advogados de Renan e Mônica, a revelação de um trecho da petição que deveria estar em segredo de Justiça, mostra que o senador Renan Calheiros, em determinado momento, teria ocultado parte de seu rendimento à própria Justiça", comentou o senador Demóstenes Torres (DEM-GO). Segundo ele, Renan declarou à Justiça que recebia pouco mais de R$ 9.000 ,00 em seus rendimentos do Senado, mas não deixou claro se teria incluído nesse período seus lucros com a venda de gado, como alega Renan. "Quem tem boi também é agropecuarista", disse Demóstenes. Em sua defesa, Renan afirmou que tinha recursos próprios para pagar pensão e aluguel a Mônica Veloso, que seriam provenientes de sua renda como senador e de seus negócios agropecuários em Alagoas. Depois de reconhecer a paternidade da filha, em dezembro de 2005, sem lhe dar o direito de uso do próprio sobrenome, o senador Renan Calheiros disse que passou a descontar pouco mais de R$ 3.000,00 de seu contracheque para pagar pensão para Mônica. O relato do advogado da jornalista, no entanto, aponta que o senador repassava recursos adicionais a Mônica informalmente além do valor que declara oficialmente. A sensação dos senadores federais, após o depoimento do advogado Pedro Calmon Filho, é de que Renan Calheiros deve mais explicações adicionais ao Conselho de Ética. Por isso o Senado acabou protelando a decisão sobre o caso Renan. Nesta terça-feira o Conselho de Ética deverá escolher um relator substituto para o senador Epitácio Cafeteira, que pediu afastamento para tratamento de saúde por dez dias. Fonte : VideVersus
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