Os senadores decidiram nesta quarta-feira, por 40 votos a favor, 35 contra e 6 abstenções, absolver o presidente do Senado Federal, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), da acusação de quebra de decoro parlamentar. Ele era acusado de ter despesas pessoais pagas por um lobista da construtora Mendes Júnior, Cláudio Gontijo. O Conselho de Ética do Senado Federal aprovou o parecer que pedia a sua cassação, mas a maioria dos senadores a rejeitou em plenário. Renan ainda terá pela frente mais três representações por quebra de decoro. Uma sobre favorecimento à cervejaria Schincariol em negociação de dívidas com a Receita Federal e com o INSS, outra relativa ao uso de laranjas para a compra de duas emissoras de rádio e um jornal em Alagoas, e uma terceira referente à denúncia de desvio de dinheiro público junto a ministérios administrados pelo PMDB. Com a votação desta quarta-feira, o Senado Federal se acanalhou definitivamente. Mais acanalhado ainda ficou porque seis senadores se abstiveram. Ou seja, não disseram nem que Renan Calheiros era culpado, nem que era inocente. Mas, foram justamente estes senadores que votaram pela abstenção os responsáveis pela inocentação de Renan Calheiros. Esse resultado, inocentado Renan Calheiros, foi armado pelo PT, que contou para isso com a colaboração do senador paulista Aloizio Mercadante e do senador gaúcho Paulo Paim. Estes senadores, antes de representar seus partidos, seus eleitores ou a si mesmos, são representantes diretos de seus Estados. Os gaúchos, com certeza, não têm essa vacilação quanto a culpa ou inocência de Renan Calheiros. Com certeza, os gaúchos queriam um voto a valer, no sim ou no não. Jamais o voto que foi dado pelo senador petista Paulo Paim. Fonte: VideVersus e G1
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